domingo, 27 de setembro de 2015

Cap 16 Atividades 2º ano



CAP XVI
Democracia, educação e cidadania
O lado dramático e cruel da situação educacional brasileira está exatamente aí. O homem da camada social dominante tira proveito das deformações de sua concepção de mundo. Ao manter a ignorância, preserva sua posição de mando, com os privilégios correspondentes. O mesmo não sucede com o homem do Povo. As deformações de sua concepção de mundo atre­lam-no, indefinidamente, a um estado de incapacidade, miséria e subserviência. Transformar essa condição humana, tão negativa para a sociedade brasileira, não poderia ser uma tarefa exclusiva das escolas. Todo o nosso mundo precisaria reorganizar-se, para atingir-se esse fim. No entanto, é sabido que as escolas teriam uma contribuição específica a dar, como agências de formação do horizonte intelectual dos homens. Cabia à lei fixar certas condições, que assegurassem duas coisas essenciais: a eqüidade na distribuição das oportunidades educacionais; a conversão das escolas em instituições socializadoras, pondo cobro ao divórcio existente entre a escolarização e o mio social. Ainda aqui a lei se mostra parcial e inoperante. Atende aos interesses dos novos círculos de privilegiados da sociedade brasileira, como as classes médias e ricas das grandes cidades, e detém-se diante do desafio crucial: a preparação do homem para a democracia, que exige uma educação que não seja alienas política, social e historicamente.
1- Qual é a função da educação em uma sociedade democrática?
2- Que problemas o autor identifica na educação no Brasil?

Estranho no paraíso
O morador de rua Manoel Menezes da Silva, 68, teve garantido pela Justiça seu direito de transitar livremente pelas ruas de São Paulo e permanecer onde desejar.
O idoso, que costumava dormir em uma praça da Vila- Nova Conceição, área nobre da capital paulista, e acabou no Hospital Psiquiátrico Pinel em meio à pressão de alguns vizinhos contra seu mau cheiro, pode agora "ir, vir e ficar sem qualquer restrição ou impedimento por quem quer que seja", conforme decisão da juíza Luciane Jabur Figueiredo, do Dipo (Departamento de Inquéritos Policiais e Polícia Judiciária).
O caso de Silva, que morava havia 20 anos nas ruas do bairro, na praça Pereira Coutinho, onde apartamentos chegam a custar R$ 15 milhões, foi relatado pela Folha no final de maio, quando ele tinha sido encaminhado ao Pinel pela prefeitura. Dois dias após a publicação, foi liberado e levado para a Oficina Boracea, abrigo para moradores de rua, onde não quis ficar e saiu na mesma semana.
A medida é uma garantia individual estabelecida na Constituição para quem sofrer ou estiver ameaçado de sofrer, por ilegalidade ou abuso de poder, restrição a sua liberdade de locomoção.
A juíza do Dipo considerou que "se foi liberado do hospital psiquiátrico é porque não houve con­clusão médica de que representasse perigo à própria saúde ou à saúde de outrem". "Somente a ele pode caber a decisão sobre o que seja melhor para si; se quer voltar para as ruas, se quer permanecer no abrigo ou, ainda, se prefere uma outra via pública para estar", escreveu Figueiredo. [...]
1- De que direitos Manoel Menezes da Silva tem sido privado ao longo de sua vida?
2- Que direitos foram feridos quando ele foi proibido de "morar" na praça?
3- O fato de viver na rua pode retirar de um indivíduo os direitos de cidadão? Os direitos previstos nas leis brasileiras só valem para os que têm boas condições de vida?

Cap 15 atividades 2º ano



CAP XV
Rebelião contra a desigualdade de direitos na França
Em 27 de outubro de 2006, dois adolescentes franceses, filhos de imigrantes, morreram em circunstâncias que ainda não foram esclarecidas. Diz-se que eles fugiam da polícia e acabaram em um beco sem saída, no final do qual existia uma subestação de eletricidade. Eles foram eletrocutados. Um terceiro rapaz sobreviveu, mas com ferimentos graves. O rumor de que a polícia havia levado os dois à morte rapidamente se espalhou. Desde então, ocorreram distúrbios nas ruas todas as noites. Os manifestantes eram filhos de imigrantes da África do norte e subsaariana.
A situação piorou quando o então ministro do Interior, Nicolas Sarkozy (eleito presidente francês em 2007) chamou as gangues de jovens de “escória” e “gentinha”, afirmando que deviam ser enfrentadas com severidade. Durante doze noites consecutivas, recipientes de lixo e veículos foram queimados no departamento de Seine-Saint-Denis. Noite após noite, bandos de adolescentes percorreram os bairros atirando coquetéis Molotov em lojas e veículos – 250 numa noite, 315 na outra, 500 na seguinte.
As divisões na sociedade francesa hoje percorrem linhas étnicas e religiosas, e também refletem profundas diferenças culturais. O ideal da República Francesa – a nação como uma comunidade de cidadãos que desfrutam direitos iguais, independentemente de suas origens étnicas ou crenças religiosas - está dando lugar a uma coexistência volátil entre comunidades que querem manter sua identidade e viver de acordo com as próprias regras.
A escola não consegue reduzir as desigualdades. As discriminações no que diz respeito ao acesso a moradia ou ao emprego são consideráveis. Os que se revoltam perguntam: de que adianta a educação quando não há empregos? E declaram “Nós queremos ser filhos da república de maneira plena e completa. O que nós não queremos é ser excluídos de maneira plena e completa. Nós queremos ser reconhecidos”.
A rebelião daqueles jovens na França foi dirigida contra qualquer coisa que lembrasse mesmo remotamente a autoridade do Estado. Eles estavam além da razão e ninguém – nem seus pais, nem os professores, muito menos as autoridades - conseguia alcançá-los.
Os protestos de 2006 podem lembrar os de estudantes de 1968, mas dessa vez os manifestantes não eram os estudantes universitários de vanguarda e seus líderes não eram intelectuais de esquerda; eram filhos de imigrantes que acreditaram que pudessem ser cidadão iguais aos outros franceses.

1- As ações praticadas em 2006 pelos jovens filhos, de imigrantes na França tiveram conteúdo  reivindicatório ou foram apenas uma manifestação de inconformismo com a situação de exclusão e de descrença nas instituições francesas?
2- Se a rebelião tinha um conteúdo reivindicatório, qual era?
3- Qual é a atual configuração da sociedade francesa, em relação às etnias que a formam? Dê           exemplos.
4- Ações rebeldes como as descritas no texto podem contribuir para o avanço da luta pelo direito à igualdade numa sociedade como a francesa? Por quê?

Músicas sobre cidadania 2º ano



                    Escola Estadual Levi Durães Peres
             Ensino Fundamental e Médio P045C3
EXÉRCÍCIOS com MÚSICA sobre CIDADANIA e CIDADE

                                                        Trabalho de Sociologia  2ºano
Prof. Sidney Azevedo                                             DATA:______________
Nome:                                                                                 turma:
1- Porque o personagem da música "Cidadão" não pode entrar nos lugares que ele ajudou a construir?
2- O personagem da música "Cidadão" é um migrante porque veio do Norte. Porque ele saiu de sua terra?
3- Porque o personagem da música "Cidadão"só pode entrar na igreja?
4- O que é cidadania?
5- O que deve ser feito para que as pessoas sejam "cidadão de fato"?

CIDADÃO - LÚCIO BARBOSA




Tá vendo aquele edifício moço?
Ajudei a levantar
Foi um tempo de aflição
Eram quatro condução
Duas pra ir, duas pra voltar
Hoje depois dele pronto
Olho pra cima e fico tonto
Mas me chega um cidadão
E me diz desconfiado, tu tá aí admirado
Ou tá querendo roubar?
Meu domingo tá perdido
Vou pra casa entristecido
Dá vontade de beber
E pra aumentar o meu tédio
Eu nem posso olhar pro prédio
Que eu ajudei a fazer

Tá vendo aquele colégio moço?
Eu também trabalhei lá
Lá eu quase me arrebento
Pus a massa fiz cimento
Ajudei a rebocar
Minha filha inocente
Vem pra mim toda contente
Pai vou me matricular
Mas me diz um cidadão
Criança de pé no chão
Aqui não pode estudar
Esta dor doeu mais forte
Por que que eu deixei o norte
Eu me pus a me dizer
Lá a seca castigava mas o pouco que eu plantava
Tinha direito a comer

Tá vendo aquela igreja moço?
Onde o padre diz amém
Pus o sino e o badalo
Enchi minha mão de calo
Lá eu trabalhei também
Lá sim valeu a pena
Tem quermesse, tem novena
E o padre me deixa entrar
Foi lá que cristo me disse
Rapaz deixe de tolice
Não se deixe amedrontar

Fui eu quem criou a terra
Enchi o rio fiz a serra
Não deixei nada faltar
Hoje o homem criou asas
E na maioria das casas
Eu também não posso entrar





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1- O que aconteceu com os moradores da Maloca?
2- Qual foi o papel  do Estado nesta desocupação?
3- O que pode ter acontecido com os personagens da música?

SAUDOSA MALOCA - ADONIRAN BARBOSA

Si o senhor não "tá" lembrado
Dá licença de "contá"
Que aqui onde agora está
Esse "edifício arto"
Era uma casa véia
Um palacete assombradado
Foi aqui seu moço
Que eu, Mato Grosso e o Joca
Construímo nossa maloca
Mais, um dia
Nóis nem pode se alembrá
Veio os homi c'as ferramentas
O dono mandô derrubá
Peguemo todas nossas coisas
E fumos pro meio da rua
Aprecia a demolição
Que tristeza que nóis sentia
Cada táuba que caía
Duia no coração
Mato Grosso quis gritá
Mas em cima eu falei:
Os homis tá cá razão
Nós arranja outro lugar
Só se conformemo quando o Joca falou:
"Deus dá o frio conforme o cobertor"
E hoje nóis pega a páia nas grama do jardim
E prá esquecê nóis cantemos assim:
Saudosa maloca, maloca querida,
Dim dim donde nóis passemos os dias feliz de nossas vidas
Saudosa maloca,maloca querida,
Dim dim donde nóis passemo os dias feliz de nossas vidas.

Estudo dirigido 2º ano



 Estudo dirigido texto:
CIDADANIA: direito de ter direitos
É muito importante entender bem o que é cidadania. É uma palavra usada todos os dias e tem vários sentidos. Mas hoje significa, em essência, o direito de viver decentemente.
Cidadania é o direito de ter uma idéia e poder expressá-la. É poder votar em quem quiser sem constrangimento. É processar um médico que cometa um erro. É devolver um produto estragado e receber o dinheiro de volta. É o direito de ser negro sem ser discriminado, de praticar uma religião sem ser perseguido.
Há detalhes que parecem insignificantes, mas revelam estágios de cidadania: respeitar o sinal vermelho no trânsito, não jogar papel na rua, não destruir telefones públicos. Por trás desse comportamento, está o respeito à coisa pública.
DIMENSTEIN, Gilberto. O Cidadão de Papel.
1) Você já sabe o que Gilberto Dimenstein pensa sobre cidadania. E para você, o que significa cidadania?
 2)O que é ter direito de viver decentemente?
3) faça a relação entre cidadania e democracia:
4) Agora leia abaixo o poema Cidadania, do poeta Thiago de Mello:
CIDADANIA

Cidadania é dever
de povo.
Só é cidadão
quem conquista o seu lugar
na perseverante luta
do sonho de uma nação.
É também obrigação:
a de ajudar a construir
a claridão na consciência
de quem merece o poder.
Força gloriosa que faz um homem,
caminho do mesmo chão,
luz solidária e canção.

Para Thiago de Mello, o que é cidadania? É a mesma visão que tem Gilberto Dimenstein?
Segundo Thiago de Mello, o que é preciso fazer para ser um cidadão?
Gilberto Dimenstein escreve que cidadania é também poder votar em quem quiser sem constrangimento. Leia alguns dos significados da palavra VOTO:
1.Desejo íntimo. 2. Manifestação da vontade ou da opinião individual em assembléia ou do ato eleitoral;decisão. ( Minidicionário Luft)
Agora responda:Você acha importante ter direito de voto? Por quê?
Para votar é preciso ter um título de eleitor:
1) Você já participou de uma eleição? De que modo você participou?
2)Que critérios você considera na hora de escolher o candidato em quem vai votar?